quarta-feira, 25 de abril de 2012

O UNIVERSAL SEM TOTALIDADE- Essência da Cybercultura - Pierre Lévy


   Pierre Lévy nasceu na Tunísia em 1956. É mestre em  História da Ciência, PhD em   Comunicação e Sociologia e Ciências da Informação. Lecionou em universidades de Paris e Montréal, é professor titular da cadeira de Pesquisa em Inteligência Coletiva na Universidade de Ottawa, no Canadá e membro da Sociedade Real do Canadá-Academia de Ciências e Humanidades.
   Lévy é um dos mais importantes defensores do uso do computador, em especial da internet, para a ampliação e democratização do conhecimento humano.
  “Quanto mais o Ciberespaço se estende, mais universal se torna, menos totalizável o mundo informacional se torna”.



Cybercultura – universal sem totalidade


Ciberespaço – sistema do caos
 “Eu não sou eu nem sou o outro. Sou qualquer coisa de intermédio: pilar da ponte de tédio, que vai de mim para o outro”. (Sérgio Aires-Portugal).

    A escrita e o universal totalizante

  Transformação na ecologia das mídias: a passagem das culturas orais para as culturas da escrita.

     “A importância da escrita permite o armazenamento e a propagação de informações não só entre indivíduos mas também por gerações por diferentes contextos”.
 Euclides baseou a construção da sua Geometria em 10 axiomas. A distinção entre eles não é todo clara. As noções comuns parecem ter sido consideradas como hipóteses aceitáveis a todas as ciências ou a todas as pessoas inteligentes, enquanto que os postulados eram  considerados como hipóteses características da geometria.
 
Universal Totalizante

Noções Comuns:

“Coisas que são iguais a uma mesma coisa são também iguais entre si”

“O todo é maior que todas as suas partes”

Postulados:
“Pode-se traçar uma reta por quaisquer dois pontos”

“Pode-se descrever uma circunferência com qualquer centro e qualquer raio”

 “Os Elementos são um dos melhores exemplos do tipo de mensagem autossuficiente, autoexplicativa, englobando suas próprias razões, que não teria pertinência alguma numa sociedade oral”.
 Meios de Comunicação em massa e totalidade
  • Mensagem mediática baseada no denominador comum
  • Sistema totalizante: fascismo, nazismo e estalinismo
  • Marshall McLuhan: sociedade mediática

 Contexto mediático: espectadores
  Contexto oral: atores

"A verdadeira ruptura com a pragmática da comunicação estabelecida pela escrita não pode vir à luz com o rádio ou a televisão, pois estes instrumentos de difusão em massa não permitem nenhuma verdadeira reciprocidade, tampouco interações transversais entre os participantes. Em vez de emergir das interações vivas de uma ou mais comunidades, o contexto global instaurado pela mídia fica fora do alcance dos que consomem apenas  sua recepção passiva, isolada".
 Complexidade dos modos de totalização
"A totalização opera-se sobre a identidade do significado”.


Micrototalidades contextuais :

  • Religião: sentido
  • Filosofia: razão
  • Ciência: exatidão reprodutível
  • Mídia: comunicação
A cybercultura ou o universo sem totalidade


 Cyberespaço: dissolve a pragmática da comunicação



“Qualquer que seja a mensagem abordada, ela está conectada com outras mensagens, com comentários, com gloses em constante evolução, com pessoas que se interessam por elas, com fóruns onde são debatidas aqui e agora”.
  “Esse universal não totaliza mais o sentido, mas sim liga pelo contato, pela interação geral”.
 “Hoje, porém, tecnicamente e devido a iminente colocação em rede de todas as máquinas do planeta, quase não existem mais mensagens “fora de contexto”, separadas de uma comunidade ativa. Virtualmente, todas as mensagens mergulham num banho comunicacional borbulhante de  vida, incluindo as próprias pessoas, e do qual o ciberespaço vai prgressivamente sendo o coração”
 O universal não é o planetário
"... A cybercultura dá forma a uma nova espécie de universal: O Universal sem totalidade (...) O ciberespaço, com efeito, não gera uma cultura do universal por estar de fato em toda a parte, mas sim porque sua forma ou idéia implica direito à totalidade dos seres humanos”.
Quanto mais universal, menos totalizável 
A filosofia pós moderna:

    “Ao não haver mais “um” sentido da história, mas sim uma multidão de pequenas proposições que lutam pela sua legitimidade, como organizar a coerência dos eventos, em que tudo é “a vanguarda”? 
(...) A filosofia pós moderna tem confundido o Universal e a totalização”.

“A cybercultura mostra que existe outra maneira de instaurar a presença virtual para si da humanidade (o Universal) que não pela identidade do sentido (a totalidade)”.


    Dispositivos técnicos concretos da cybercultura:

  • Liberdade – se objetiva em softwares de codificação e em acesso transfronteiriço para múltiplas comunidades virtuais;
  • Igualdade – se realiza em possibilidade para cada um emitir para todos.
  • Fraternidade – se converte em interconexão mundial.
 “O ciberespaço então está realizando uma verdadeira revolução - ou permitirá, em breve- a cada um dispensar o editor, o produtor, o transmissor, os intermediários em geral, para dar a conhecer seus textos, sua música, seu mundo virtual ou qualquer outro produto de sua mente. Em contraste com a impossibilidade de responder e o isolamento dos consumidores da televisão, o ciberespaço oferece as condição de uma comunicação direta, interativa e coletiva”.


Os "contras" da cybercultura
Nem a informática nem a cybercultura 
“resolvem com sua mera existência os principais problemas de vida em sociedade”.


    Embora venha solucionar problemas de comunicação e produção de uma época anterior, traz simultaneamente problemas e conflitos, os quais desestabilizam a economia e a sociedade.

A cybercultura ou a tradição simultânea
As três etapas da história da humanidade:



  • Sociedades Fechadas, de cultura oral - totalidade sem universal.
    
  • Sociedades Civilizadas, imperiais, que usam a escrita - universal totalizante.
 
  • Cybercultura, mundialização concreta das sociedades – universal sem totalidade




      (...) um imenso ato de inteligência coletiva síncrona, convergindo para o presente, raio silencioso, divergente, explodindo como uma cabeleira de neurônios”.

    Trabalho realizado pelas alunas Francine Souza e Adriana Antunes no Curso de Pós Graduação em Educação em Ciências. Ciência e Tecnologia. Professoras Sheyla Rodrigues e Márcia Araújo.Texto  O Universal sem totalidade, Essência da Cybercultura. Pierre Lévy.









ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA


Atualmente, com todas as possibilidades que, a maioria das crianças, jovens e adultos tem à sua disposição, ser um mediador do ensino não é transmitir conhecimentos (D’Ambrosio, 2002). O educador precisa transformar a escola, suas práticas pedagógicas e as atitudes dos alunos, dando oportunidades para que todos os sujeitos inseridos neste ambiente possam tornar-se cidadãos críticos, reflexivos e fazedores de sua própria história.
Tratando-se da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o primeiro passo para um aprendizado efetivo, é a relevância de que esses sujeitos possuem uma história de vida. Dessa forma, o cotidiano do aluno deve ser explorado e os conceitos articulados juntamente com seu dia a dia, dando oportunidade aos mesmos de “atualizarem seus conhecimentos, mostrar suas habilidades, trocar experiências e ter acesso a novas regiões do trabalho e da cultura”. Soares (2002, pág.40).
Partindo para um enfoque na Educação Matemática podemos dizer que a mesma vem sendo mediada de forma técnica, com conceitos, aplicações de regras e fórmulas e pouco se vê sobre sua história e aplicação. As idéias matemáticas, segundo Boaventura (1999, pág.14), são idéias claras e simples a partir das quais se pode compreender o conhecimento mais profundo e rigoroso da natureza que presidem a observação e experimentação.
No entanto, para que se possa ter um entendimento em relação a essa ciência é preciso dar significado ao seu aprendizado. Segundo Chassot (2010, pág 100), “devemos fazer do ensino de ciências uma linguagem que facilite o entendimento do mundo pelos alunos e alunas”. Socializar a história da matemática pode dar sentido à essa compreensão, uma vez que os educandos da EJA precisam ser incentivados e ter condições para continuar seus estudos, precisam sentir que o que estão aprendendo está inserido em suas vidas e que pode ser compartilhado, explorado, questionado em seu meio social. Além disso, Chassot (2010, pág.103) nos alerta para a “necessidade de buscar um ensino cada vez mais marcado pela historicidade”. A história possibilita mostrar um novo olhar da educação matemática, pois responde às inquietações sobre descoberta, utilidade e investigação do conhecimento matemático no meio social, resgatando o verdadeiro sentido da alfabetização científica.
  Alfabetizar cientificamente significa mediar a linguagem em que está escrita a natureza. É dar subsídios aos educandos para que tenham o mínimo de conhecimento científico para entender a sociedade e o ambiente em que vivem. É importante que esses sujeitos saibam buscar as informações que necessitam e saibam como usá-las para compreender e solucionar seus problemas. Pinto (1982, pág. 48-49) nos diz que a finalidade da educação, “não se limita à comunicação do saber formal (...) esta comunicação é indispensável, porém o que se intenta por meio dela é a mudança da condição humana do indivíduo que adquire o saber”. Partindo disso, a alfabetização matemática deve compartilhar da história, levando em conta a trajetória da mesma na sociedade e, não esquecendo que, como ressalta D’Ambrosio (2002, pág. 32-33.), “para falar de história, não se pode deixar de ter uma visão de presente e de futuro. [...] O grande desafio é desenvolver um programa dinâmico, apresentando a ciência de hoje relacionada a problemas de hoje e ao interesse dos alunos”.
Dessa forma, é preciso que o educador matemático que atua em EJA, se preocupe em educar levando em conta o saber popular desses sujeitos, e usando a história como ferramenta para a criação de novas estratégias que visem o aprimoramento e entendimento dos alunos sobre a relação da ciência com a sua realidade. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 5ª. ed.rev.Ijuí: 2010. 368 p.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação Matemática – da teoria à prática. 9ª ed. São Paulo: Papirus, Coleção Perspectivas em Educação Matemática, 2002.
PINTO, Álvaro Vieira. Sete lições sobre educação de adultos. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1982.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um Discurso sobre as Ciências. Porto: Edições Afrontamento, 1999. 11ª Edição.
SOARES, Leôncio José Gomes.Educação de Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

O ENSINO DE GEOMETRIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS-EJA-


Nos dias de hoje fala-se em um ensino diferenciado, que possa ser significativo tanto para os professores, quanto para os alunos. Em Matemática, mais precisamente em Geometria, a maioria dos professores tem dificuldades em educar com essa nova prática e, tratando-se da Educação de Jovens e Adultos (EJA), é necessário que o professor seja capacitado para trabalhar com essa modalidade de ensino, levando em conta também a vivência desses alunos.
Segundo Nilton Luís Novaki, professor de matemática da rede pública do Estado do Paraná, a Geometria é um ramo importante da Matemática como objeto de estudo e instrumento para outras áreas. Ela oferece ótimos exemplos de aplicabilidade na vida cotidiana dos nossos alunos, tanto do regular como da EJA que trazem seus saberes e experiências de vida para sala de aula.
A Geometria é uma parte da Matemática que se divide em Geometria Plana, onde são apresentadas figuras planas como quadrado, retângulo, triângulo, etc., Geometria Analítica onde se estuda o comportamento de curvas, através da análise de equações, como reta, ponto e circunferência, e por fim, a Geometria Espacial, onde então conhecemos as figuras geométricas no espaço tais como, poliedros (paralelepípedos, pirâmides, cubos) e corpos redondos (esfera, cone, cilindro). Apesar de todas as subdivisões que a Geometria possa ter e nomes que muitas vezes assustam a maioria dos alunos, essa área possibilita a utilização de muitas práticas pedagógicas diferenciadas. Existem inúmeros materiais concretos e softwares que podem contribuir para esse ensino, no entanto, é preciso que haja o interesse por parte dos professores em buscar essa alternativa. Podemos considerar ainda, juntamente a essas práticas, a interdisciplinaridade e a vivência dos educandos.
 "Se as pessoas aprendem com suas atividades sociais e profissionais, se a escola e a universidade perdem progressivamente o monopólio da criação e transmissão do conhecimento, os sistemas públicos de educação podem ao menos tomar para si a nova missão de orientar os percursos individuais no saber e de contribuir para o reconhecimento dos conjuntos de saberes pertencentes às pessoas, aí incluídos os saberes não-acadêmicos" (Lévy, 1999).

Em se tratando de Educação de Jovens e Adultos é preciso considerar que esses alunos são em sua maioria, trabalhadores, pais e/ou mães de família, que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos, mas que trazem consigo experiências de vida que devem ser respeitadas e incorporadas ao processo de ensino.
 Segundo Capra(2001) “a matemática é muito mais do que áridas fórmulas; que o entendimento do padrão é de importância crucial para o entendimento do mundo vivo que nos cerca” (Capra,2001), portanto, é preciso mostrar que o conhecimento matemático, mais especificamente, a Geometria, é de fato importante em nossas vidas e deve ser socializado. Levando em consideração os conhecimentos que os alunos já possuem sobre o assunto, é tarefa do professor  mostrar a esses educandos que o estudo dessa ciência pode proporcionar ferramentas para resolução de problemas do seu dia a dia, apontando a utilização e aplicação dos conceitos que estão conhecendo.
Pinto, 2005, em sua quinta lição sobre educação de adultos responde a pergunta “Como lhe ensinar?... deve ser tal que desperte no adulto a consciência da necessidade de instruir-se... isso só pode ocorrer se simultaneamente e mais amplamente desperta nele a consciência crítica de sua realidade total como ser humano, o faz compreender o mundo onde vive seu país, sua região, desperta nele a noção clara de sua participação na sociedade pelo trabalho que executa, dos direitos que possui e dos deveres para com seus iguais”. É importante que o aluno cidadão de EJA sinta que o que está aprendendo nada mais é que aquilo já tinha visto ou utilizado em sua vida. Algo que lhe seja familiar. Cabe ao professor saber encaixar seus conceitos no cotidiano desse aluno. Em se tratando de Geometria podemos fazer essa aproximação, por exemplo, da arquitetura, astronomia, engenharia, arte ou de ações simples do dia a dia, como encher uma jarra de suco, uma caixa com terra, entre outros. Rogério Aparecido Vilas Boas, 2008, em sua Monografia (Graduação em Matemática pelo Centro Universitário de Lavras, UNILAVRAS, Lavras), trabalhou o campo de futebol para mostrar a área e o perímetro de figuras planas como o retângulo, quadrado e circunferência e, através de esquemas táticos usados por técnicos da seleção brasileira, pôde mostrar outras figuras como triângulos, trapézios, entre outros, de acordo com cada diferente formação dos jogadores em campo. Na Geometria Analítica, por exemplo, podemos utilizar as estradas das rodovias mais conhecidas para trabalhar distância, segmento de reta, paralelismo, perpendicularismo. 

“A Geometria é um ramo importante tanto como objeto de estudo, bem como instrumento para outras áreas, além disso, como sugere Howard (1993, p.28) “as imagens geométricas sugeridas frequentemente levam a resultados e estudos adicionais, dotando-nos de um instrumento poderoso de raciocínio indutivo e criativo”. (Novaki, 2009)

Outro fator importante é não deixar que o aluno veja a matemática como uma ciência isolada, que não possa ter ligação com outras áreas. Dependendo de como a abordagem é feita em determinado assunto, podemos interdisciplinar e mostrar as ciências de uma forma geral, sem precisar estudá-las de forma separada. No exemplo acima, foi mencionado o estudo de paralelismo e perpendicularismo em certas rodovias. O professor pode aproveitar para mostrar o conteúdo geográfico da estrada que está sendo trabalhada, onde se localiza, qual a vegetação, clima, etc. No caso do campo de futebol, pode debater sobre os países onde a seleção brasileira jogou, sua história, cultura, ou ainda se estiver trabalhando com volumes, pode contextualizar a questão dos elementos que estão sendo medidos, de onde eles vem, qual a importância deles para o planeta, como por exemplo, a água ou a terra. Novaki afirma que “o ensino da Geometria é uma ferramenta que possibilita aos alunos o desenvolvimento da capacidade de resolver problemas práticos do cotidiano, como, por exemplo, orientar-se no espaço, ler mapas, estimar e comparar distâncias percorridas, reconhecer propriedades de formas geométricas básicas, saber usar diferentes unidades de medida. E como a Geometria é rica em elementos que favorecem a percepção espacial e a visualização, torna-se uma ferramenta importante também para outras disciplinas”.
Além disso, outra questão relevante no ensino da matemática é o uso de tecnologias que contribuam para o aprendizado dos alunos. Segundo Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, coordenadora e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a tecnologia não é um enfeite e o professor precisa compreender em quais situações ela efetivamente ajuda no aprendizado dos alunos. “Sempre perguntamos aos que usam a tecnologia em alguma atividade: qual foi a contribuição? O que não poderia ser feito sem a tecnologia? Se ele não consegue identificar claramente, significa que não houve um ganho efetivo”, explica.
É preciso que o uso da tecnologia traga contribuições significativas para o ensino. De nada adianta a escola ter um laboratório de informática de última geração e não saber como utilizá-lo. No caso da Geometria, existem ferramentas tecnológicas que podem servir de auxílio para que seja feita uma educação de qualidade. E, em se tratando de EJA, podemos ainda tornar o uso da tecnologia, juntamente com a interdisciplinaridade, pesquisa e considerando a realidade do aluno, uma ferramenta para a formação de sujeitos atualizados e em constante investigação. Temos inúmeros softwares que podem colaborar para o ensino de Geometria como Geogebra, o qual oferece melhor visualização das figuras, segmentos ou projeções, utilizado para esboçar retas, circunferências e outros conceitos da geometria plana, ou ainda, o Construfig 3D, software que é capaz de montar figuras geométricas espaciais, auxiliando no estudo de prismas, cilindros, pirâmides, entre outras figuras, possibilitando ainda a visualização de vértices, arestas e faces.
No entanto, para que todas essas idéias sejam colocadas em prática é imprescindível que o professor, ainda em formação ou na sua formação continuada, possa ter acesso a novas práticas pedagógicas significativas para o seu aprendizado e de seus alunos. E apesar da Geometria ser de fácil manuseio e possuir inúmeras ferramentas para o ensino, segundo Novaki, os cursos de formação inicial de professores, cursos de magistério e de licenciatura, continuam não dando conta de discutir suficientemente com seus alunos uma proposta mais eficiente para o ensino de Geometria, e, também as modalidades de formação continuada, postas em ação nos últimos anos, basicamente na forma de cursos de reciclagem, não têm atingido ainda, o objetivo de mudar a prática na sala de aula em relação a essa disciplina.
Como já foi falado, o professor de EJA precisa levar em consideração o interesse dos alunos pela Geometria e mostrar que ela pode auxiliar no seu cotidiano. Segundo o Conselho Nacional de Educação (CNE) , a maior parte desses jovens e adultos, até mesmo pelo seu passado e presente, move-se para a escola com forte motivação, buscam dar uma significação social para as competências, articulando conhecimentos, habilidades e valores. Muitos destes jovens e adultos se encontram, por vezes, em faixas etárias próximas às dos docentes. Por isso, os docentes deverão se preparar e se qualificar para a constituição de projetos pedagógicos que considerem modelos apropriados a essas características e expectativas.
Portanto, o compromisso de um ensino diferenciado, que trabalhe a interdisciplinaridade, a vivência dos alunos, a visão de mundo, a cultura e que saiba usar a tecnologia a seu favor, é tarefa não só do professor, mas também da Universidade, enquanto instituição formadora, e da escola, que deve cobrar e incentivar seus docentes a se aperfeiçoarem para uma melhor educação não só em EJA, mas também para todas as modalidades de ensino.

“As funções básicas das instituições formadoras, em especial das universidades, deverão associar a pesquisa à docência de modo a trazer novos elementos e enriquecer os conhecimentos e o ato educativo. Uma metodologia que se baseie na e se exerça pela investigação só pode auxiliar na formação teórico-prática dos professores em vista de um ensino mais rico e empático”. (Conselho Nacional de Educação, 2000).

É preciso dar atenção a esse processo, que deve começar na Universidade, com a preocupação e inquietação do professor que forma professor. O aluno em processo de formação precisa ter clareza de como proporcionar uma aula que inclua todos os subsídios já mencionados e voltados para a modalidade de Jovens e Adultos. Além disso, o futuro professor também tem a obrigação de buscar novos conhecimentos e práticas que favoreçam sua forma de educar. Ele deve procurar a pesquisa e a investigação para encontrar respostas às questões que o inquietam. Dessa forma, esse educador matemático saberá como conduzir a Geometria ou qualquer outro assunto, de forma globalizada, mostrando seu lugar no mundo, para que serve e como pode ser útil.

 BIBLIOGRAFIA

CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. 6.ed. São Paulo: Cultrix, 2001.

GIL, Antonio Carlos. Didática do Ensino Superior.1ed.São Paulo:Atlas, 2008

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed.34, 1999.

PINTO, Álvaro Vieira. Sete lições sobre educação de adultos. São Paulo: Cortez, 2005.

NOVA ESCOLA. Ano XXV. N°233. Junho/julho 2010

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – CNE
Parecer CEB 11/00 – Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.

SITES CONSULTADOS:




MATEMÁTICA E MÚSICA


terça-feira, 24 de abril de 2012

ANO-LUZ


Você sabe o que é ano-luz? É uma unidade de comprimento ou a distância que a luz percorre num período de tempo de um ano. A luz desenvolve uma velocidade de aproximadamente 300.000km/s. Ou seja, em 1 segundo a luz percorre uma distância de 300.000km. Se a luz percorre 300.000km em 1 segundo, em 1 ano a luz percorre uma distância de 9.460.800.000.000Km, mais de 9 trilhões de quilômetros em um ano! 

Dessa forma, quando ouvimos falar que foi descoberta uma nova galáxia que está localizada, por exemplo, a 10 anos-luz de distância da Terra, significa que ela está a uma distância de 90 trilhões de quilômetros.

A ÁGUA NO CORPO HUMANO


 

 

 

 

 

Você sabia que o corpo humano é composto por aproximadamente 75% de água?

 


Vejamos:
Se uma pessoa tem 80Kg (massa), quantos Kg terá de água em seu corpo?

75% de 80=75/100.80=6000/100=60 kg






sexta-feira, 20 de abril de 2012

O NÚMERO QUE VOCÊ CALÇA



Você sabia que o número que você calça está relacionado a Matemática?


Existe uma fórmula que relaciona o número que você calça e o tamanho do seu pé em centímetros.
Veja:

S=5P+28/4 


S é o número do seu sapato e P é o comprimento do seu pé em centímetros.
Se seu pé medir 24 cm então o número de seu sapato será:

S=5. 24+28/4=120+28/4=148/4=37












A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA PARTE 2


A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA PARTE 1